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Mamografia
Exame essencial para prevenção e diagnóstico precoce
A mamografia é um exame de imagem específico para avaliação das mamas, realizado através de raios-X de baixa dose. É o método PADRÃO-OURO para rastreamento (detecção precoce) do câncer de mama em mulheres assintomáticas e também para investigação diagnóstica de alterações mamárias. A detecção precoce através da mamografia pode salvar vidas, pois identifica tumores em estágios iniciais quando as chances de cura são superiores a 95%.
Existem dois tipos principais de mamografia: Mamografia de Rastreamento (Screening): Realizada em mulheres ASSINTOMÁTICAS (sem queixas ou alterações palpáveis) como exame preventivo de rotina para detecção precoce de câncer. Recomendada anualmente a partir dos 40 anos (SBM - Sociedade Brasileira de Mastologia) ou 50 anos (MS - Ministério da Saúde). Mulheres com risco aumentado (histórico familiar forte, mutação genética BRCA) devem iniciar antes. Mamografia Diagnóstica: Realizada em mulheres COM sintomas ou alterações: nódulo palpável, dor mamária persistente, secreção mamilar, retração de pele ou mamilo, espessamento ou vermelhidão da mama, alteração encontrada em exame de rotina que necessita investigação adicional. Pode incluir incidências adicionais, magnificação (ampliação de área específica) ou compressão localizada.
A mamografia pode detectar: Microcalcificações: Pequenos depósitos de cálcio que podem ser sinal precoce de câncer (aparecem como pontos brancos). Nódulos/massas: Áreas mais densas que podem ser cistos (benignos, cheios de líquido) ou tumores sólidos (benignos ou malignos). Assimetrias: Diferenças de densidade entre as mamas. Distorções arquiteturais: Alteração do padrão normal do tecido mamário. A maioria das alterações encontradas são BENIGNAS (80-90%), mas necessitam avaliação complementar (ultrassom, biópsia).
Mamografia DIGITAL vs CONVENCIONAL: A mamografia digital (mais moderna) captura as imagens eletronicamente (como foto digital), permitindo manipulação computadorizada (zoom, ajuste de contraste), armazenamento eletrônico, facilita segunda opinião. Tem melhor desempenho em mamas densas e mulheres jovens. A maioria dos serviços hoje usa mamografia digital.
O procedimento dura 15-20 minutos. A compressão das mamas pode causar desconforto ou dor leve que dura apenas alguns segundos (durante a aquisição da imagem). O desconforto varia conforme sensibilidade individual, fase do ciclo menstrual (mamas mais sensíveis próximo à menstruação), e habilidade do técnico. Apesar do desconforto momentâneo, o benefício do exame supera amplamente este incômodo transitório.
Quando é Indicado
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Rastreamento (prevenção) de câncer de mama em mulheres a partir de 40-50 anos (conforme diretriz seguida)
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Rastreamento precoce (a partir de 30-35 anos) em mulheres com ALTO RISCO: histórico familiar forte (mãe, irmã com câncer antes dos 50 anos), mutação genética BRCA1/BRCA2, radioterapia torácica prévia
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Investigação de nódulo palpável na mama ou axila
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Dor mamária persistente ou localizada (mastalgia)
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Secreção pelo mamilo (especialmente se unilateral e espontânea)
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Alterações da pele da mama: retração, espessamento, vermelhidão, aspecto "casca de laranja"
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Retração ou inversão recente do mamilo
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Assimetria entre as mamas ou mudança no tamanho/forma
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Acompanhamento de lesões benignas conhecidas (fibroadenomas, cistos complexos)
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Controle após tratamento de câncer de mama (seguimento oncológico)
Como se Preparar
A mamografia tem preparação simples, mas algumas orientações melhoram a qualidade do exame e reduzem o desconforto.
Instruções de Preparação
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Agendar após menstruação: Idealmente realizar 7-10 dias após o INÍCIO da menstruação (1ª semana após menstruação terminar). Neste período as mamas estão menos sensíveis e menos densas, melhorando conforto e qualidade das imagens. Evite período pré-menstrual (uma semana antes) quando mamas estão ingurgitadas e dolorosas
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Não usar desodorante, talco ou cremes: No dia do exame, NÃO aplicar desodorante, antitranspirante, talco, loções ou cremes nas mamas ou axilas. Esses produtos contêm partículas metálicas que aparecem nas imagens como microcalcificações falsas, atrapalhando a interpretação
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Informar sobre implantes de silicone: Se tem próteses mamárias (silicone), SEMPRE informe ao agendar e ao técnico. São necessárias manobras especiais (Técnica de Eklund) para visualizar tecido mamário atrás do implante. A mamografia é segura com implantes e não causa ruptura
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Trazer mamografias anteriores: Sempre traga exames anteriores (mamografias, ultrassons de mama). A comparação com exames prévios é fundamental para detectar mudanças sutis ao longo do tempo
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Vestimenta adequada: Use roupa de duas peças (blusa e calça/saia) para facilitar - você remove apenas a parte superior. Evite vestidos. Não use colar ou brincos longos
O que Trazer
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Pedido médico da mamografia (obrigatório)
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Documento de identidade e carteirinha do convênio
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Mamografias anteriores (filmes ou CD) - fundamental para comparação
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Ultrassom de mamas anterior (se tiver)
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Relatório de biópsia mamária (se já realizou)
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Perguntas Frequentes
A compressão das mamas causa DESCONFORTO ou dor LEVE na maioria das mulheres, mas é TOLERÁVEL e dura apenas SEGUNDOS (enquanto a imagem é capturada - 5-10 segundos por incidência). A intensidade varia: algumas sentem apenas pressão, outras sentem dor moderada. Fatores que influenciam: sensibilidade individual (varia muito), fase do ciclo menstrual (evite período pré-menstrual), tamanho das mamas (mamas pequenas geralmente mais desconforto), habilidade do técnico (profissional experiente comprime adequadamente sem excesso). DICAS para minimizar: agende após menstruação, respire fundo e relaxe músculos durante compressão, comunique ao técnico se dor for insuportável (pode ajustar). O desconforto momentâneo NÃO deve impedir o exame - os benefícios (salvar sua vida detectando câncer precoce) superam amplamente esses segundos de incômodo.
Há divergência entre diretrizes: SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA (SBM): mamografia ANUAL a partir dos 40 anos para TODAS as mulheres. MINISTÉRIO DA SAÚDE/INCA: mamografia a cada 2 anos dos 50-69 anos (rastreamento populacional). RISCO AUMENTADO (histórico familiar forte, mutação BRCA): iniciar aos 30-35 anos ou 10 anos antes da idade do familiar mais jovem diagnosticado. Recomendação mais seguida por mastologistas: INICIAR AOS 40 ANOS ANUALMENTE. Câncer de mama em mulheres 40-49 anos não é raro (15-20% dos casos). Detecção precoce nessa faixa reduz mortalidade. Converse com seu ginecologista/mastologista sobre quando iniciar conforme seu perfil de risco.
A mamografia usa raios-X, sim, mas em DOSE MUITO BAIXA. O risco teórico de induzir câncer pela radiação da mamografia é ÍNFIMO (estimado em 1-2 casos adicionais por 100.000 mulheres rastreadas durante 10 anos) comparado ao BENEFÍCIO (previne 125-250 mortes por 100.000 mulheres). A razão benefício/risco é EXTREMAMENTE FAVORÁVEL. Mamografias modernas (digitais) usam doses ainda menores. A radiação é CUMULATIVA, mas mamografias anuais durante 30-40 anos ainda resultam em dose total baixa. GESTANTES: evitar mamografia (risco ao feto). Fora disso, mamografia é muito segura. NÃO deixe de fazer mamografia por medo da radiação - você tem muito mais a perder (câncer não detectado) do que a ganhar evitando.
Mamas densas (muito tecido glandular/fibroglandular, pouco tecido gorduroso) são comuns em mulheres jovens, magras, com histórico familiar. Na mamografia, tecido denso aparece BRANCO, tumores também aparecem BRANCOS - isso reduz a sensibilidade do exame (tumor pode ficar "camuflado"). PORÉM: mamografia ainda detecta muitos cânceres em mamas densas, especialmente através de microcalcificações. RECOMENDAÇÃO: se você tem mamas densas (laudo menciona isso), faça mamografia + ULTRASSOM DE MAMAS como complemento. O ultrassom "enxerga melhor" em mamas densas. Alguns países já recomendam ultrassom adicional ou ressonância magnética em mamas muito densas. Converse com seu médico sobre complementação.
NÃO necessariamente! 80-90% das alterações encontradas na mamografia são BENIGNAS. O laudo da mamografia usa sistema BI-RADS (categorias 0-6): BI-RADS 0: Inconclusivo, precisa complementação (ultrassom, magnificação). BI-RADS 1: Normal. BI-RADS 2: Achado benigno (cisto simples, linfonodo, calcificações benignas) - rotina anual. BI-RADS 3: Provavelmente benigno (<2% câncer) - controle em 6 meses. BI-RADS 4: Suspeito (2-95% câncer) - BIÓPSIA indicada. BI-RADS 5: Altamente sugestivo câncer (>95%) - BIÓPSIA urgente. BI-RADS 6: Câncer já comprovado (acompanhamento). Se seu laudo é BI-RADS 3, fique tranquila mas faça controle. Se BI-RADS 4 ou 5, a biópsia é necessária mas lembre: mesmo assim pode ser benigno. Converse com seu médico para entender seu caso.
SIM, pode e DEVE fazer mamografia mesmo com implantes mamários (silicone ou salina). PORÉM: o implante dificulta a visualização do tecido mamário (silicone é radiodenso e "encobre" a mama). Por isso são necessárias incidências ADICIONAIS chamadas "manobras de Eklund" - o técnico empurra o implante para trás e puxa tecido mamário para frente, permitindo comprimir apenas a mama. São feitas 8 imagens (4 padrão + 4 com Eklund). A mamografia NÃO rompe o implante (pressão usada é segura). COMPLEMENTAÇÃO: em mulheres com implantes, o ultrassom e a ressonância magnética são frequentemente usados como complemento à mamografia. SEMPRE informe sobre implantes ao agendar.
GESTANTES: Evitar mamografia devido à radiação (risco ao feto). Se houver NECESSIDADE urgente (nódulo palpável suspeito), pode ser feita com proteção abdominal de chumbo. Prefira ultrassom de mamas (sem radiação). AMAMENTANDO: Pode fazer mamografia, mas as mamas lactantes são muito DENSAS (cheias de leite), o que reduz bastante a sensibilidade do exame. Idealmente, faça ultrassom de mamas durante lactação. Se mamografia for necessária, tente esvaziar as mamas (amamentar ou ordenhar) imediatamente antes do exame para reduzir densidade. Melhor aguardar 3-6 meses após parar de amamentar para fazer mamografia de rastreamento.
NÃO, são exames COMPLEMENTARES, não substitutos. MAMOGRAFIA: Usa raios-X, melhor para detectar MICROCALCIFICAÇÕES (sinal precoce de câncer), avalia toda a mama simultaneamente, padrão-ouro para RASTREAMENTO. Menos sensível em mamas densas. ULTRASSOM: Usa ondas sonoras (sem radiação), melhor para diferenciar NÓDULOS (sólido vs cisto), excelente em mamas densas, guia biópsias. NÃO detecta bem microcalcificações. RESUMO: Mamografia é obrigatória para rastreamento após 40 anos. Ultrassom é COMPLEMENTO quando mamografia mostra alteração, em mamas densas, ou para investigar nódulo palpável. JUNTOS são mais eficazes que cada um isolado.
Há controvérsia. Ministério da Saúde (SUS) recomenda mamografia a cada 2 anos (50-69 anos) para rastreamento populacional. PORÉM, Sociedade Brasileira de Mastologia e maioria dos mastologistas recomendam ANUAL a partir dos 40 anos. Razões para anual: câncer de mama pode crescer rapidamente - em 2 anos pode avançar de inicial para avançado em algumas mulheres. Detecção anual permite tratamento mais precoce. Mulheres 40-49 anos têm tumores de crescimento mais rápido - intervalo de 2 anos pode ser inadequado. Recomendação: Se você tem risco habitual (sem histórico familiar forte), mínimo a cada 2 anos. IDEALMENTE anual. Se tem risco aumentado: OBRIGATÓRIO anual (e iniciar antes dos 40).
SIM, homens podem ter câncer de mama, mas é RARO (menos de 1% de todos os cânceres de mama). Homens NÃO fazem mamografia de rastreamento (não há recomendação). PORÉM, se homem apresentar: nódulo palpável na região mamária/peitoral, secreção pelo mamilo, alteração de pele, ginecomastia (aumento da mama) persistente ou unilateral - deve fazer MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA e ultrassom para investigação. Câncer de mama em homens tende a ser diagnosticado mais tardiamente (porque ninguém pensa nisso) e tem pior prognóstico. Homens com mutação BRCA2, histórico familiar forte, ou síndrome de Klinefelter têm risco aumentado.
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