Herniorrafia

Correção cirúrgica de hérnias abdominais

Duração: 45 a 90 minutos Anestesia: Raquidiana ou Geral
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A herniorrafia é o procedimento cirúrgico para correção de hérnias abdominais, quando parte de um órgão interno (geralmente intestino) projeta-se através de um ponto fraco da parede abdominal. Na Clínica Santa Tereza, realizamos a correção de diversos tipos de hérnias (inguinal, umbilical, incisional, epigástrica) com técnicas modernas e seguras. O procedimento pode ser realizado de forma aberta (tradicional) ou por videolaparoscopia, dependendo do tipo e tamanho da hérnia, com uso de telas de reforço quando indicado para prevenir recorrência.

O procedimento inicia com anestesia (raquidiana para hérnias menores ou geral para casos mais complexos). Na técnica aberta, uma incisão é feita sobre a hérnia, o saco herniário é identificado e o conteúdo é recolocado na cavidade abdominal. O defeito na parede é então corrigido através de sutura direta (em hérnias pequenas) ou com colocação de tela de polipropileno para reforço (técnica de Lichtenstein em hérnias inguinais, por exemplo). A tela é fixada sobre o defeito, criando uma barreira resistente que previne recorrência. Na videolaparoscopia, são feitas 3 pequenas incisões (0,5-1cm) por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera. A hérnia é corrigida por dentro da cavidade abdominal e uma tela é colocada e fixada cobrindo o defeito. Ambas as técnicas duram entre 45 e 90 minutos dependendo da complexidade. Após a correção, as camadas da parede abdominal são suturadas e curativo é aplicado. A videolaparoscopia oferece recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória, mas nem todos os casos são elegíveis para essa técnica.

Quando é Indicado

  • Hérnia inguinal (virilha) - tipo mais comum, especialmente em homens
  • Hérnia umbilical - protuberância ao redor do umbigo
  • Hérnia incisional - surge em cicatrizes de cirurgias anteriores
  • Hérnia epigástrica - entre o umbigo e o esterno
  • Hérnia femoral - abaixo da virilha, mais comum em mulheres
  • Hérnia encarcerada - conteúdo herniário preso, com risco de estrangulamento
  • Hérnia sintomática causando dor, desconforto ou limitação de atividades
  • Crescimento progressivo da hérnia ao longo do tempo

Como se Preparar

A preparação adequada para herniorrafia é simples mas importante para garantir segurança e boa recuperação. Siga todas as orientações médicas cuidadosamente.

Instruções de Preparação

  • Jejum completo: 8 horas para sólidos, 2 horas para líquidos claros (conforme orientação anestésica)
  • Exames pré-operatórios: Hemograma, coagulograma, glicemia, ECG se acima de 40 anos, RX de tórax se indicado
  • Consulta pré-anestésica: Avaliação do anestesista, informar medicamentos em uso, alergias e condições de saúde
  • Suspensão de medicamentos: Anticoagulantes podem precisar ser suspensos dias antes (seguir orientação médica específica)
  • Higiene no dia: Banho completo antes de ir ao hospital, remover esmaltes, joias, piercings e maquiagem
  • Suspensão do tabagismo: Idealmente parar de fumar pelo menos 2 semanas antes (melhora cicatrização)
  • Controle de doenças crônicas: Diabetes e hipertensão devem estar compensadas, manter medicações habituais conforme orientado
  • Planejamento pós-operatório: Organizar ajuda em casa nos primeiros dias, evitar compromissos que exijam esforço físico

O que Trazer

  • Documentos pessoais (RG, CPF, cartão do convênio ou SUS)
  • Exames pré-operatórios e avaliação pré-anestésica
  • Lista de medicamentos em uso
  • Roupas confortáveis e largas para a volta
  • Chinelos ou sapatos sem cadarço
  • Acompanhante adulto (obrigatório)

Recuperação e Cuidados

Primeiras horas: Logo após a cirurgia você fica em observação até passar o efeito da anestesia. Pode sentir dor leve a moderada no local, controlada com medicação. A maioria dos pacientes recebe alta no mesmo dia (cirurgia ambulatorial), mas alguns casos mais complexos podem requerer internação de 1 dia. Primeiros 7 dias: Este é o período de maior repouso. Dor e inchaço local são normais, aliviados com analgésicos prescritos e compressas frias. Evite esforços físicos, carregamento de peso e atividades extenuantes. Pode caminhar normalmente e realizar atividades leves do dia a dia. Retorno gradual às atividades após avaliação médica. 2 a 6 semanas: Retorno progressivo às atividades habituais. Evitar levantar peso acima de 5kg nas primeiras 2 semanas, e acima de 10kg até 4-6 semanas. Liberação para dirigir geralmente após 7-10 dias (quando conseguir fazer movimentos sem dor). Retorno ao trabalho varia: trabalho leve/administrativo em 7-14 dias; trabalho que exige esforço físico em 4-6 semanas.

Cuidados Importantes

  • Repouso relativo nos primeiros dias: Evite esforços, mas mantenha caminhadas leves para prevenir trombose. Não fique acamado o tempo todo
  • Analgesia regular: Tome os analgésicos prescritos nos horários corretos, não espere a dor ficar intensa
  • Cuidados com o curativo: Mantenha a área limpa e seca. Siga orientações sobre quando pode molhar ou trocar o curativo
  • Evitar levantamento de peso: Nada acima de 5kg por 2 semanas, nada acima de 10kg por 4-6 semanas (proteção da tela)
  • Prevenir constipação: Dieta rica em fibras, hidratação abundante, amaciante fecal se necessário. Evitar esforço evacuatório
  • Uso de suporte/faixa: Alguns cirurgiões recomendam faixa abdominal ou suspensório por algumas semanas (siga orientação)
  • Evitar tosse e espirros bruscos: Se precisar tossir, pressione suavemente a área operada com as mãos ou travesseiro
  • Inchaço e hematoma: Inchaço e roxo local são normais nas primeiras semanas, principalmente em hérnias inguinais (pode descer para bolsa escrotal)
  • Retorno gradual às atividades: Aumente progressivamente conforme tolerância e liberação médica. Não force além do confortável
  • Exercícios físicos e academia: Liberação geralmente após 6 semanas. Inicie com atividades leves e aumente gradualmente
  • Atividade sexual: Geralmente liberada após 2-3 semanas, quando não houver dor ou desconforto
  • Sinais de alerta: Busque atendimento se: febre acima de 38°C, vermelhidão intensa, secreção purulenta, dor intensa não controlada, reaparecimento do abaulamento
  • Consultas de retorno: Compareça a todas as consultas de acompanhamento para avaliar cicatrização e liberar atividades progressivamente

Prevenção de novas hérnias: Após a recuperação, você pode reduzir o risco de desenvolver outras hérnias: mantenha peso saudável, pratique exercícios para fortalecer a musculatura abdominal (após liberação médica), evite levantar objetos muito pesados usando técnica inadequada, trate tosse crônica ou problemas respiratórios, previna e trate constipação, não fume (prejudica cicatrização e enfraquece tecidos). Expectativas realistas: A primeira semana exige cuidados e repouso, mas a recuperação é progressiva e a maioria dos pacientes fica satisfeita com o resultado. O desconforto inicial é temporário e compensa pelo alívio definitivo do problema e prevenção de complicações graves. Seguimento médico: Compareça a todas as consultas de retorno para avaliação adequada da cicatrização e liberação progressiva das atividades.

Por que escolher a Clínica Santa Tereza?

Correção definitiva da hérnia e alívio dos sintomas
Eliminação do risco de encarceramento ou estrangulamento da hérnia
Recuperação mais rápida com técnica videolaparoscópica (quando aplicável)
Uso de telas de reforço reduz significativamente risco de recorrência (menos de 5%)
Alta hospitalar no mesmo dia na maioria dos casos (cirurgia ambulatorial)
Retorno às atividades habituais em 2-6 semanas
Baixa taxa de complicações quando realizada por equipe experiente
Melhora da qualidade de vida e capacidade para atividades físicas
Técnicas modernas com incisões menores e cicatrizes discretas
Controle eficaz da dor pós-operatória com protocolos analgésicos adequados

Perguntas Frequentes

Não. Uma vez formada, a hérnia não desaparece espontaneamente. O defeito na parede abdominal não se fecha sozinho. Hérnias pequenas e assintomáticas podem ser observadas em alguns casos específicos, mas a única forma de correção definitiva é a cirurgia. Hérnias não tratadas tendem a aumentar de tamanho progressivamente e podem complicar com encarceramento (conteúdo preso) ou estrangulamento (interrupção do fluxo sanguíneo), situações de emergência.

Na cirurgia aberta tradicional, faz-se uma incisão maior (5-10cm) diretamente sobre a hérnia para corrigi-la. Na videolaparoscopia, fazem-se 3 pequenas incisões (0,5-1cm) e a correção é feita por dentro do abdômen com auxílio de câmera. A laparoscopia geralmente oferece: menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida, retorno precoce às atividades e cicatrizes menores. Porém nem todos os casos são adequados para laparoscopia (hérnias muito grandes, hérnias recorrentes, cirurgias abdominais prévias extensas). Seu cirurgião indicará a melhor técnica para o seu caso.

A tela (também chamada "prótese" ou "mesh") é um material sintético de polipropileno que funciona como reforço da parede abdominal. É usada na maioria das herniorrafias porque reduz drasticamente a chance de recorrência da hérnia (de 15-20% sem tela para menos de 5% com tela). Após colocada, a tela é incorporada aos seus tecidos através de cicatrização, formando uma barreira resistente. É biocompatível, não causa rejeição e fica permanentemente no corpo. Milhões de pessoas no mundo vivem normalmente com telas herniárias sem problemas.

A dor no pós-operatório é geralmente leve a moderada e bem controlada com analgésicos. A intensidade varia conforme o tipo de hérnia e a técnica utilizada - laparoscopia tende a ter menos dor que cirurgia aberta. Nos primeiros 2-3 dias a dor é mais presente, mas diminui rapidamente. É importante tomar os analgésicos prescritos regularmente (não esperar a dor aparecer). Evitar esforços e seguir as recomendações de repouso ajuda a reduzir desconforto. A maioria dos pacientes relata que a dor é bem tolerável com a medicação adequada.

Depende do tipo de trabalho. Trabalhos administrativos/leves: geralmente 7-14 dias. Trabalhos que exigem esforço físico moderado: 2-4 semanas. Trabalhos pesados (construção civil, carga/descarga): 4-6 semanas. Seu cirurgião avaliará individualmente e fornecerá atestado conforme necessário. Não apresse o retorno - voltar antes do tempo adequado aumenta risco de complicações e recorrência da hérnia.

Existe uma pequena chance de recorrência (retorno da hérnia). Com técnicas modernas e uso de tela, essa taxa é menor que 5%. Fatores que aumentam risco de recorrência: retorno precoce a esforços físicos, levantamento de peso antes da liberação médica, obesidade, tabagismo, tosse crônica não tratada, constipação crônica. Seguir rigorosamente as orientações de repouso e restrição de peso, controlar fatores de risco e manter peso saudável minimizam as chances de recorrência.

Depende da orientação do seu cirurgião. Alguns recomendam uso de faixa abdominal ou suspensório (no caso de hérnias inguinais em homens) por 2-4 semanas para dar suporte à área operada e reduzir desconforto. Outros cirurgiões preferem não usar. A faixa não é obrigatória nem substitui o repouso adequado, mas pode proporcionar conforto e sensação de segurança ao se movimentar. Siga a orientação específica do seu médico.

Sim, mas somente após liberação médica completa (geralmente 6-8 semanas). Após esse período de cicatrização, fortalecer a musculatura abdominal é até benéfico para prevenir outras hérnias. Inicie gradualmente com exercícios leves e progrida conforme tolerância. Evite exercícios de alto impacto ou que causem aumento excessivo da pressão intra-abdominal nas primeiras semanas de retorno. Um fisioterapeuta pode orientar progressão adequada se necessário.

Depende da técnica. Cirurgia aberta: cicatriz de 5-10cm no local da hérnia (virilha, umbigo, etc.). Videolaparoscopia: 3 pequenas cicatrizes de 0,5-1cm no abdômen. Com o tempo, as cicatrizes tendem a clarear e ficar menos aparentes. Cuidados adequados com a cicatriz (proteção solar, hidratação após liberação médica) ajudam a melhorar o resultado estético.

Geralmente após 7-10 dias, quando você conseguir fazer todos os movimentos necessários (girar o tronco, pisar na embreagem/freio, olhar para trás) sem dor ou desconforto. É importante que você consiga fazer uma freada de emergência se necessário. Não dirija enquanto estiver tomando analgésicos fortes que causam sonolência. Verifique também regras da sua seguradora sobre dirigir após cirurgias.

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